Quando se compra um carro novo ou quando se repara um motor de um carro é preciso fazer a rodagem do carro. No artigo de hoje, o Online Carros, vai abordar esse assunto, como fazer a rodagem do carro.
O Marco, do blog escola de bolsa, após saber que eu tinha comprado um carro novo, enviou-me por correio electrónico, um artigo sobre "como fazer a rodagem do carro". Trata-se de um excelente artigo, um artigo completo que aborda tudo o que diz respeito à rodagem do carro e que vai ser útil para quem deseja saber como se faz a rodagem ao carro.
A mim este artigo ajudou-me imenso pois "desmentiu" alguns "mitos" que eu tinha em mente (mitos ou ideias que eu tinha em mente, que aprendi com familiares e amigos).
Espero que a si também lhe seja útil.
Obrigado ao Marco pelo magnífico artigo.
Aqui fica a citação do texto do artigo na íntegra (Como fazer a rodagem do carro):
Entende-se por período de rodagem a fase de início de utilização de um motor. O tratamento que lhe é dado pelo utilizador neste período pode vir a ter efeitos directos no seu rendimento ao longo de toda a sua vida útil, assim como na sua durabilidade.Fim de citação do artigo sobre a rodagem do carro.
O rigor construtivo, a precisão com que os motores são concebidos e a eficácia dos lubrificantes foram permitindo menos preocupações com a rodagem. Mas nos últimos anos, as coisas têm mudado um pouco, devido ao enorme aumento da complexidade tecnológica e aos maiores esforços a que alguns componentes passaram a estar sujeitos, principalmente no caso dos motores turbodiesel.
As peças do motor são desenhadas segundo rigorosas especificações em relação a medidas e tipo de material utilizado. Mas mesmo assim, não ficam perfeitas. É certo que essas imperfeições obedecem a margens de tolerância, mas precisarão sempre de se acoplar mutuamente durante os primeiros quilómetros. Esta é a fase em que todos os elementos da mecânica passam por um determinado desgaste controlado que elimina as pequenas imperfeições e as superfícies de contacto se vão adaptando entre si. Dado que é a própria fricção que elimina gradualmente estas imperfeições, exigem-se alguns cuidados que salvaguardem uma boa adaptação das peças, sem esforços exagerados.
Embora não seja possível determinar com rigor quanto dura cada rodagem, há factores que se conhecem com segurança. Nos primeiros mil quilómetros, o óleo tem que ter qualidade e há que evitar regimes de rotação elevados, evitando passar as 3500 rpm nos motores a gasolina e as 2500 rpm nos Diesel. Não se deve acelerar o motor solto (com o carro parado) e muito menos puxar por ele antes de ter atingido a temperatura de serviço, embora este conselho seja válido para toda a vida do motor, em especial se estiver equipado com um turbo. Também não é conveniente rodar a rotações demasiado baixas, que esforçam o motor. Não conduza abaixo das 1500 rpm a direito e muito menos nas subidas. O motor deve ser utilizado na faixa ideal de utilização, que no caso dos Diesel ronda as 2000 rpm e nos gasolina acima das 3500 rpm. Também deve deixar a caravana ou o reboque em casa, pelo menos até que o carro tenha 5.000 quilómetros.
Aconselhamos a que se faça uma mudança de óleo e respectivo filtro após os primeiros 1.500 a 2.500 quilómetros num motor novo, para que se retirem todas as partículas metálicas produzidas pela rodagem. É importante verificar o nível de óleo a cada 500 km, pois os motores novos têm alguma tendência para consumir lubrificante.
Merece um alerta especial a regra dos trinta segundos: nunca se deve desligar um motor com turbo logo após a imobilização do veículo. Ou seja, se acabou de estacionar, deixe o motor no ralenti durante meio minuto, no mínimo, para que a turbina (turbo) seja devidamente lubrificada enquanto afrouxa e arrefece. Deve ter especial atenção nas situações em que o motor faz mais esforço, como acontece nas auto-estradas. Se a meio destas entrar na estação de serviço, nunca desligue de imediato o motor.
Depois da rodagem inicial entra-se na segunda fase, que vai até aos 5.000 km e que consiste em soltar um pouco mais o motor, mas ainda com alguns cuidados. Devem continuar os cuidados a frio, tal como a regra dos 30 segundos, mas agora há que começar a puxar um pouco mais. Desta fase depende o rendimento posterior do carro. Assim, a partir dos 2.500 km, há que ir puxando gradualmente pelas rotações, em parcelas de 500 rpm a cada mil quilómetros. Por exemplo, aos 3.000 km, os Diesel podem ir tocando nas 3000 rpm, aos 4.000 km podem ser puxados até às 3500 rpm e aos 5.000 km podem ir às 4000 rpm. Nos a gasolina, o regime pode ir subindo um pouco mais, mas sem tocar no red-line antes dos 5.000 quilómetros. Também é importante não rodar durante longos períodos à mesma rotação. Se fizer uma viagem longa, conduza normalmente, com as normais variações de ritmo.
A rodagem poderá considerar-se completa em torno dos 10 mil quilómetros, situação em que o consumo de óleo já deve ser mínimo e o rendimento deve ser o desejado. Uma boa rodagem terá efeitos benéficos sobre a caixa de velocidades, mas também sobre as correias do motor, cujo principal inimigo são as mudanças súbitas de rotação, nas acelerações ou reduções.
Os travões também precisam de rodagem. Todo o raciocínio descrito em relação ao “acamar” das peças do motor e caixa é válido para as pastilhas, discos, calços e tambores. Há que evitar travagens bruscas ou demasiado prolongadas, para não sobreaquecer os componentes enquanto estes ainda não estão devidamente adaptados. Em carros novos há o perigo de “vidrar” as pastilhas quando são sobreaquecidas ainda muito novas.
Os próprios discos são mais sensíveis quando novos e podem sofrer empenos (ovalizar) ou até quebrar-se quando sofrem choques térmicos. Por exemplo, quando a roda passa por uma zona alagada logo após uma descida longa em que os travões foram muito solicitados e vêm quentes.
Fazer uma rodagem cuidada ao seu carro não é difícil, não custa dinheiro e só traz vantagens.
Rodagem não é só para motores novos
A rodagem deve ser levada em conta tanto num motor novo como num motor acabado de reparar. Mas neste caso há que ter ainda mais cuidado porque as tolerâncias são menos rigorosas num conserto do que no fabrico do veículo novo. Há que usar o motor com prudência durante os primeiros 500 quilómetros, sempre com óleo de boa qualidade e mudá-lo aos mil quilómetros. No caso de veículos que não trabalham há mais de um ano, deve começar-se por carregar a bateria. Se esta estiver cansada, o motor dá mais voltas a seco antes de pegar. O ideal é retirar as velas e através dos orifícios introduzir um pouco de óleo de motor nos cilindros antes de fazer rodar o motor. O filtro de óleo também deve ser mudado antes de dar à chave porque o seu miolo tende a endurecer com a imobilização do carro, obstruindo a passagem correcta de óleo. Só depois destas pequenas operações se deve colocar o motor em marcha.
Créditos deste artigo:
Texto = Autohoje (era o que vinha no email como sendo o autor do texto).
Imagem = Desconheço (o email não mencionava o autor da foto/imagem).
2 comentários:
Muito bom este artigo, é em Portugal que tú moras?,pois aqui no Brasil não usamos a palavra "correcta " e sim correta; quilômetros o acento é diferente e não entendi o que é"ralenti"? meu modesto blog é "Laucuras de uma vida", é que meu sobrenome é Lau.
Oi Edson/Lau,
Fico contente por você ter gostado do texto. Espero que lhe tenha sido útil, a mim foi.
Sim sou português e o texto está em português de PT.
Ralenti é quando o motor está a trabalhar sem ter as mudanças (pt-br = marchas) metidas, quando está em ponto morto (Pt-Br: Ponto morto é a posição da alavanca de cambio onde a marcha não está engatada.
Espero ter ajudado.
Abraço,
Rui
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